Em solidariedade às vítimas na escola de SP, é necessário defender a educação pública

Fazer a leitura do noticiário dessa segunda-feira (27/3) foi mais uma vez uma tarefa cruel para os sentimentos de centenas de milhares de pessoas, em especial para a categoria das trabalhadoras e trabalhadores em educação das redes de ensino público do país e do mundo. Tomar conhecimento do bárbaro assassinato da professora de Ciências Elizabete Tenreiro, 71 anos, dentro da sala de aula da Escola Estadual Thomázia Montoro (SP), e que deixou outras quatro pessoas feridas, alunos e professores, tendo o agressor sido contido também por professoras, colocou em choque mais do que uma comunidade escolar (a qual externamos sentimentos de pesar e solidariedade), expôs uma situação cotidiana nas escolas públicas das cidades e estados brasileiros: é na escola que a realidade familiar e social das crianças, jovens e adultos estudantes confronta os profissionais da educação e ambos estão abandonados pelas políticas públicas.

 

Vivem à sua própria sorte, enquanto alguns punhados de gestores públicos e empresas privadas brincam no playground dos recursos orçamentários, descompromissados do investimento efetivo e necessário, não só financeiro, mas também estruturado no desenvolvimento integral que a Educação deve e pode promover.

 

A todas e todos que sofrem com o trauma da violência, que conseguem se colocar no lugar das pessoas que estavam na escola de SP na última segunda-feira, convocamos para a defesa da educação pública de qualidade, unindo forças na melhor forma de esperançar a paz.