É hora de defender o patrimônio do Rio Grande do Sul

A primavera da democracia está começou. Após um período de debates e organização de comitês municipais e regionais, teve início no dia 16 a votação do Plebiscito Popular sobre as Privatizações no Rio Grande do Sul. Cada gaúcho e gaúcha poderá se manifestar em cédulas e depositar o seu voto em urnas coletoras ou então votar pela internet. O prazo vai até o próximo dia 24.

 

A consulta é uma iniciativa construída democraticamente com a participação de centrais, federações e sindicatos de trabalhadores, movimentos sociais e partidos de esquerda. Não tem valor legal, mas tem grande importância política, pois é uma forma concreta de ouvir a população e conhecer a sua opinião sobre a entrega ou não do patrimônio público.

 

A proposta surgiu em reuniões da CUT-RS, durante o processo de tramitação e aprovação de uma emenda constitucional na Assembleia Legislativa, que retirou a obrigatoriedade de fazer um plebiscito sobre a privatização do Banrisul, da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) e do Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Rio Grande do Sul (Procergs).

 

A PEC 280 foi aprovada pelos deputados da base aliada do governador Eduardo Leite (PSDB), que já encaminhou projeto para autorizar a venda da Corsan e foi igualmente aprovado. Antes disso, o governo tucano já tinha acabado com o plebiscito para a venda da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), Companhia Riograndense de Mineração (CRM) e Sulgás.

 

Diga não à entrega do nosso patrimônio

 

O plebiscito era uma condição incluída na Constituição Estadual, em 2002, como forma de ouvir a população, após a onda de privatizações feitas pelo governador Antônio Britto (PMDB), que nunca mais foi reeleito.

 

“Já que o governo do Estado, junto com a maioria da Assembleia Legislativa, rasgou a Constituição Estadual e tirou do povo o direito de decidir o futuro das empresas estatais, nós organizamos esse plebiscito. O patrimônio público é do povo, não é do governo de plantão”, ressalta o vice-presidente da CUT-RS e um dos coordenadores do Plebiscito Popular, Everton Gimenis.

 

Além dos locais fixos, também estão sendo coletados votos em urnas itinerantes nas comunidades, nos bairros, em praças, na frente de colégios, nas portas de fábricas. Tudo para dar ao maior número de pessoas a chance de expressar a sua opinião sobre as privatizações.

 

Quem pode votar?

Poderão votar maiores de 16 anos, mediante apresentação de um documento de identidade com foto e assinatura na lista de votantes.

 

Como votar

Para votar online, basta acessar a plataforma, lançar o nome e o CPF e registrar sua opinião.

>> Veja aqui para votar online: https://decidimrs.com.br/processes/privatizacoes

>> Para votação presencial em Gravataí foi instalada uma urna na Praça do Quiosque, no Centro. Confira também locais de votação em outras cidades: www.plebiscitopopular.com.br

 

Confira as três perguntas que cada participante deve responder!

VEJA E BAIXE O GIGI CONTRA AS PRIVATIZAÇÕES:

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